O ERRO CRASSO associa-se às comemorações do III aniversário da Cultur’Arte Mag e traz até Coimbra dois dos mais intensos trabalhadores de canções no nosso país.
MEDEIROS/LUCAS, dupla incontornável de veteranos músicos Açorianos, responsáveis por um dos melhores discos portugueses do ano, “Mar Aberto” (edição Lovers&Lollypops), e Daniel Catarino, prolífico músico e compositor Alentejano detentor de uma já enorme carreira discográfica.

O insular e o interior de mãos fraternamente dadas, nesta que será mais uma bonita tarde de Concertos ERRO CRASSO.

MEDEIROS/LUCAS

É essencial esquecer conceitos importados de culinária com pretensões cosmopolitas e sabor duvidoso. Reinventem-se outras coisas, como Pedro Lucas faz, desde 2010, com O Experimentar Na M’Incomoda. O seu novo projecto MEDEIROS/LUCAS junta-o a Carlos Medeiros, figura de culto no circuito da música tradicional portuguesa, fonte de inspiração para o seu O Experimentar, graças a “O Cantar Na M’Incomoda” (1998). Agora é corpo presente, neste encontro onde há acordes que ligam os Açores à Ibéria, ao norte de África. Há textos de Miguel Cervantes, de Armando Côrtes-Rodrigues.

Sobre os disco, “Mar Aberto”, diz-se que “(…) é a crónica de viagem de dois Quixotes entre os mares do Atlântico e as costas do Mediterrâneo. Dois patéticos marinheiros que confundem o Ilhéu das Cabras com Lepanto. Confundem Galateia com Sereia. Buscam todas as Sereias do mundo antes de perceberem que elas são naufrágio. Seguem oráculos de um Búzio que lhes valem chicotadas no convés e combatem batalhas sangrentas que só lhes aumentam febres e paixões, a uma senhora que é a da Boa Morte. O regresso é máculo e sem fortunas, nem as do corpo nem as do espírito.

Os dois marinheiros em Mar Aberto são Carlos Medeiros e Pedro Lucas, réus convictos de trocar as voltas às tradições atlânticas. Roubaram palavras a outros, que as usam melhor, e deram-lhes melodias da marinhagem que nunca fizeram. Mestiçaram-nas ainda com outras culturas: um Magrebe imaginado, uma Andalúzia siamesa de um Algarve e várias Áfricas que deixaram de ser colónia. Tiago Bom simbolizou a profanação na forma de uma romã.

Tiveram outros cúmplices, muitos, a bordo de uma traineira com nome equino e as cores outonais de Lisboa. Nomeiem-se Ian Carlos Mendonza (Tigrala), Augusto Macedo (Selma Uamasse), Pedro Gaspar (Bandarra), Mitó Mendes (A Naifa) e Gil Alves (Zeca Medeiros) entre os mais salientes. Eduardo Vinhas (Golden Pony) gravou e misturou, a masterização foi feita na outra borda do Atlântico por Harris Newman (Grey Market Mastering) e o selo vem da colaboração norte-sul entre Lovers & Lollypops e o Musicbox-CTL.
Bem-vindos a Mar Aberto.

Disco disponível para escuta em www.store.loversandlollypops.net/album/mar-aberto

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Daniel Catarino

Daniel Catarino é um músico com origens numa pequena vila alentejana, Cabeção. Estreia-se nas edições em 2006 com o disco “Panorama de uma Vida Normal”, sob o nome Landfill e entre 2007 e 2010 lança vários discos com os pseudónimos Long Desert Cowboy (experimental) e Oceansea (canções folk em inglês, que grava numa sessão acústica para a Antena 3).
Alguns dos temas destes projectos são incluídos em bandas sonoras de filmes independentes pelo mundo fora.

2010 vê surgir o álbum de estreia dos Uaninauei, “Lume de Chão”, um disco muito bem recebido que figurou em várias listas de melhores álbuns nacionais.

Em 2011 edita como Daniel Catarino o EP “O Rio e o Moleiro”, banda sonora para um filme de 1981 sobre o seu avô e posteriormente “Fados de uma Aldeia Sem Jardim”, um EP que mistura temas instrumentais com canções ligadas às raízes portuguesas. No mesmo ano forma o projecto folk rock Bicho do Mato e a banda de rock psicadélico O Rijo.

No ano seguinte funda a editora Capote Música, lança o EP de apresentação do Bicho do Mato e escreve letras para o álbum “Extravagante” dos Uxu Kalhus. Já em 2013, edita o EP “Menina Vitória” com os Uaninauei e ainda “Songs From The Attic Window” como Oceansea.

Em 2014 surge o segundo longa-duração dos Uaninauei, “Dona Vitória”, com alguns temas a entrarem para as playlists de rádios nacionais. Nasce também o sétimo trabalho como Long Desert Cowboy, “A Gunslinger’s Galaxy” e “Bens Que Vêm Por Mal”, o novo EP em nome próprio, marcado por tendências pop na abordagem electrónica às suas canções.

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Domingo, 11 Outubro, 17h
Bilhete: 5 Euros
Entrada livre para crianças menores de 6 anos.
No Aqui Base Tango, Rua Venâncio Rodrigues nº 8, Coimbra

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Concertos Erro Crasso.
Tudo não passou de um lamentável desastre.

Próximo concerto:
Sábado, 31 Outubro, 17h

Ana Cláudia + TORTO + Surma + ………….

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